(O padre jesuíta José de Anchieta foi o primeiro no Brasil a ensinar religião através de peças, músicas e pinturas barrocas)
Os primeiros artistas ocidentais ativos no Brasil foram padres católicos que vieram de Portugal para “civilizar” os índios. Os jesuítas tiveram um papel importante nesse processo, com seus vários estabelecimentos missionários chamados de “Reduções”, ensinando religião através da arte na forma de peças sacras, música e pintura. José de Anchieta foi o primeiro importante dramaturgo; Agostinho de Jesus e Agostinho da Piedade produziram as primeiras esculturas; Belchior Paulo, João Felipe Bettendorff, Ricardo do Pilar e alguns outros fizeram as primeiras pinturas; enquanto Francisco de Vaccas e Pedro da Fonseca começaram a organizar a vida musical da recém-nascida colônia. Basílio da Gama e Gregório de Mattos foram os primeiros poetas seculares. Todos eles trabalharam sob a influência do Barroco, o estilo dominante no Brasil até o início do século 19.
(“Cristo rezando”, obra do mestre barroco Aleijadinho, autor de inúmeras esculturas e participação na construção de igrejas, considerado o maior nome dessa escola artística no Brasil)
Através dos séculos 17 e 18 a arte barroca floresceu com cada vez mais riqueza e habilidade dos artistas, principalmente na Bahia e em Pernambuco, região nordeste, ao longo do litoral e em algumas regiões do interior, chegando aos mais altos níveis de originalidade em Minas Gerais, região sudeste, onde uma corrida do ouro nutriu uma sociedade rica e com cultura. Em Minas Gerais viveram os maiores artistas do Barroco no Brasil: o pintor Manuel da Costa Ataíde e o escultor-arquiteto Aleijadinho. Minas Gerais também foi o local de nascimento de uma escola proto-Neoclássica de música e literatura, com os compositores Lobo de Mesquita e Francisco Gomes da Rocha, e poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa.
(Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, Minas Gerais – teve como arquitetos Aleijadinho e Francisco de Lima Cerqueira)