A literatura brasileira: Romantismo | Viagens ao Extremo | Brasil



A LITERATURA BRASILEIRA

ROMANTISMO

A literatura brasileira

ROMANTISMO

Na foto acima, no título desta página, vemos uma estátua em homenagem à Iracema, personagem central do romance clássico do Romantismo homônimo. A estátua fica na Praia de Iracema, em Fortaleza, estado do Ceará.

(Casimiro de Abreu, um jovem poeta, começou os experimentos do Romantismo na literatura brasileira)

O Neoclassicismo durou por um tempo muito mais longo que o esperado, barrando a inovação e restringindo a criação literária. Foi somente em 1836 que o Romantismo começou a influenciar a poesia brasileira em larga escala, principalmente através dos esforços do expatriado Gonçalves de Magalhães. Alguns jovens poetas, como Casimiro de Abreu, começaram a experimentar com o novo estilo logo em seguida. Esse período produziu alguns dos trabalhos-padrão da literatura brasileira.

(Joaquim Manuel de Macedo, ao lado de José de Alencar, começaram a publicar seus trabalhos em jornais e se tornaram celebridades nacionais)

Os pontos-chave da literatura do país recém-nascido são um afeto exagerado, nacionalismo, celebração da natureza e a introdução inicial da linguagem coloquial. A literatura romântica logo se tornou muito popular. Romancistas como Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar publicavam seus trabalhos em forma de série nos jornais e se tornaram celebridades nacionais.

(Estátua em homenagem a Álvares de Azevedo – o autor é conhecido pela sua obsessão com a morbidade e a morte)

Por volta de 1850, uma transição começou, centrada em Álvares de Azevedo. Sua coleção de contos Noite na Taverna e sua poesia, colecionada postumamente na Lira dos Vinte Anos, se tornaram influentes. Azevedo foi muito influenciado pela poesia de Lord Byron e Alfred de Musset. Essa segunda geração do Romantismo era obcecada pela morbidade e pela morte.

(Castro Alves, um dos maiores poetas brasileiros, ficou famoso por escrever sobre os horrores da escravidão)

Ao mesmo tempo, poetas como Castro Alves, que escreveu sobre os horrores da escravidão (em Navio Negreiro), começou a escrever trabalhos com uma diretriz específica social-progressista. As duas tendências coincidiram-se em um dos maiores feitos do Romantismo: o estabelecimento de uma identidade nacional brasileira baseada nos ancestrais indígenas e a rica natureza do país. Esses traços primeiramente apareceram no poema narrativo de Gonçalves Dias, I-Juca-Pirama, mas logo se espalharam.

(O maior escritor do Romantismo, José de Alencar reuniu em suas obras todos os itens que consolidaram o gênero no Brasil)

A consolidação desse subgênero (o indianismo) é encontrada em dois famosos romances de José de Alencar: O Guarani, sobre uma família de colonizadores portugueses que tomavam índios como servos, mas depois foram mortos por uma tribo rival, e Iracema, sobre um português náufrago que vive entre os índios e se casa com uma bela índia. Iracema é especialmente lírico, com abertura em cinco parágrafos de pura prosa-poesia livre descrevendo a personagem-título.