(Típicos exemplos de músicas e danças dos povos nativos do Brasil, que permanecem até os dias de hoje)
Os povos nativos da Floresta Amazônica tocam instrumentos incluindo apitos, flautas, tambores e chocalhos. Muito da música folclórica da região imita os sons da Floresta Amazônica. Quando os portugueses chegaram no Brasil, os primeiros nativos que eles encontraram tocavam várias flautas e outros instrumentos de sopro e percussão. Os missionários jesuítas introduziram canções que utilizavam a língua tupi com letras cristãs, em uma tentativa de converter a população nativa ao Cristianismo, e também introduziram o canto gregoriano, a flauta, o arco para instrumentos de corda e o clavicórdio.
A mais antiga música no que hoje é o Brasil deve ter sido a dos nativos da região. Pouco se sabe de sua música, pois não existem registros escritos dessa época. Com a chegada dos europeus, a cultura brasileira começou a tomar forma como uma síntese de estilos musicais nativos com as músicas portuguesa e africana.
(Capoeira, um ritmo trazido pelos escravos africanos para o Brasil, que também é considerada uma arte marcial, esporte ou luta)
O esporte afro-brasileiro da capoeira nunca é praticado sem que se toque sua própria música, que é considerada uma música parcialmente folclórica. Os principais instrumentos da capoeira incluem o berimbau, o atabaque e o pandeiro. As músicas da capoeira podem ser improvisadas no local, ou podem ser músicas populares escritas por antigos mestres, e frequentemente incluem contos sobre a história da capoeira ou os feitos dos grandes mestres.
(Apresentação de maracatu na região nordeste do Brasil)
Este tipo de música é tocada principalmente nas regiões de Recife e Olinda durante o Carnaval. É uma tradição afro-brasileira. A música serve como pano de fundo para grupos de desfile que evoluíram de cerimônias durante os tempos coloniais em honra aos Reis do Congo, que eram escravos africanos ocupando posições de liderança simbólicas entre a população escrava. A música é tocada com grandes tambores alfaia, grandes sinos gonguê e chocalhos. Uma variante importada pode ser encontrada em Fortaleza, estado do Ceará (o chamado maracatu cearense), que é diferente da tradição de Recife/Olinda em muitos aspectos: triângulos são usados ao invés de gonguês, surdos ou zabumbas ao invés de alfaias. E também, os personagens femininos são representados por homens travestidos, e todos os personagens africanos ou afro-brasileiros são representados utilizando maquiagem preta no rosto.