(Caverna da Pedra Pintada, na Amazônia, no estado do Pará, Brasil)

Com base em evidências arqueológicas de uma escavação na Caverna da Pedra Pintada (estado do Pará), os primeiros habitantes humanos colonizaram a região da Amazônia por volta do ano 1250, o que induziu a alterações na cobertura da floresta.

(A Amazônia teve cidades de até 8 milhões de habitantes antes da chegada dos portugueses ao Brasil)

Por um longo tempo pensou-se que a floresta amazônica era somente habitada de forma esparsa, pois seria impossível sustentar uma grande população através da agricultura devido à qualidade pobre do solo. A arqueóloga Betty Meggers foi uma proeminente propositora dessa ideia, como descrita no seu livro Amazonia: Man and Culture in a Counterfeit Paradise. Ela disse que uma densidade populacional de 0,2 habitantes por km² é o máximo sustentável na floresta através da caça, sendo que, para a agricultura seria necessária uma população maior. Entretanto, achados antropológicos recentes sugeriram que a região era densamente povoada. Por volta de 5 milhões de pessoas podem ter vivido na região amazônica no ano 1500, divididos entre colônias densas no litoral, tal como a de Marajó, e menores populações no interior. Em 1900, a população já havia caído para 1 milhão e no início dos anos 1980, eram menos de 200 mil.

(Francisco de Orellana, o primeiro a viajar por todo o Rio Amazonas)

O primeiro europeu a viajar por toda a extensão do Rio Amazonas foi Francisco de Orellana, em 1542. O documentário da BBC Unnatural Histories apresenta provas de que Orellana, ao invés de exagerar em suas descrições como se pensava até então, estava correto em suas observações de que uma civilização complexa estava florescendo ao longo do Amazonas na década de 1540. Acredita-se que essa civilização foi posteriormente devastada pelo contágio de doenças da Europa, como o sarampo.

(Geoglifo encontrado na Amazônia, estado do Acre)

Desde os anos 1970, vários geoglifos foram descobertos em terras desmatadas, datando do ano 1 a 1250, aprofundando ainda mais a discussão sobre povos pré-colombianos na Amazônia. É dado crédito a Ondemar Dias pela primeira descoberta dos geoglifos em 1977 e a Alceu Ranzi por aprofundar essa descoberta após sobrevoar o estado brasileiro do Acre. Na região da tribo Xingu, restam algumas dessas grandes povoações no meio da Amazônia, encontradas em 2003 por Michael Heckenberger e colegas da Universidade da Flórida. Dentre as provas, estavam evidências de estradas, pontes e grandes praças.