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O POVO BRASILEIRO

O POVO BRASILEIRO

Através de sua história, o Brasil tem recebido muitas pessoas de diferentes povos e práticas. O Brasil é constituído de uma panela de misturas dos mais diversos grupos étnicos, assim aliviando um pouco preconceitos étnicos e conflitos raciais, apesar do longo tempo de escravidão dos negros e do genocídio entre as populações indígenas podem ser levados em conta. O preconceito é discreto pois esse assunto é tabu no Brasil, e mais direcionado a classes sociais do que entre raças. Ainda assim, raça, ou simplesmente a cor da pele são ainda fatores de divisão na sociedade brasileira e você poderá notar que normalmente o tom de pele escurece à medida que a classe social é mais baixa; pessoas ricas de classe alta são quase todos brancos; poucos de classe média são mulatos (raça mista) ou negros; e a maioria da população pobre é negra – com exceção da região sul, pois negros e mulatos compões menos de 10% da população dessa região. Nos dias de hoje, entretanto, afro-brasileiros e populações indígenas estão cada vez mais conhecendo e reivindicando seus direitos civis e sua rica herança cultural, e a mobilidade social é alcançável através da educação.

Em geral, os brasileiros são um povo amante da diversão. Enquanto os da região sul podem ser mais frios e reservados, do Rio de Janeiro para cima normalmente as pessoas têm uma atitude cativante em relação à vida e realmente gostam de se divertir. Alguns podem até te dizer que cerveja, futebol, samba, churrasco e mulheres são tudo que eles querem.

A amizade e a hospitalidade são muito importantes, e a família e conexões sociais são valiosas. Com as pessoas que eles conheceram, ou pelo menos conhecem pelo nome, os brasileiros são normalmente muito abertos, amigáveis e em alguns casos, muito generosos. Uma vez apresentados, a menos que ocorra algo ao contrário, um típico brasileiro poderá te tratar tão bem tal como ele faria com o seu melhor amigo. Os brasileiros têm a reputação de serem um dos povos mais hospitaleiros do mundo (oficialmente, pela ONU, os islandeses são os mais hospitaleiros) e os estrangeiros são tratados com respeito e frequentemente com verdadeira admiração.

As atitudes em relação aos estrangeiros podem também estar sujeitas a um tratamento diferente: na maior parte das cidades, qualquer um falando, agindo ou parecendo um turista (até mesmo outros brasileiros!) podem ser cobrados preços mais caros, como ao estacionar o carro, nos restaurantes, mercados abertos etc.

Os brasileiros parecem ser genuinamente amigáveis, mas muitos estão acostumados a pequenos atos de corrupção na sua vida cotidiana, o tal chamado “jeitinho brasileiro”. As pessoas do Rio de Janeiro se orgulham de como conseguem passar por cima dos outros (especialmente de outros países e outros estados brasileiros) e até mesmo deram o apelido ao seu estado como Terra de Malandro. Se você obviamente parecer um turista, será um alvo em potencial; por exemplo, um vendedor pode tentar vender produtos com preços mais altos, ou um motorista de táxi pode escolher o caminho mais longo até o destino. Não significa que você não pode confiar em ninguém, mas somente que você deve ficar um pouco mais alerta e cuidadoso, especialmente se alguém parecer amigável demais. Note que em alguns estados do Brasil as pessoas chamam a todos de “amigo”, não importando o grau de intimidade que tenham uma com a outra, são meramente bons modos.

(Um cuidado ao ir para o Brasil: no primeiro mapa, a América hispânica; no segundo, o Brasil. Veja que o Brasil não faz parte do mundo hispânico, e não só no mapa, mas o país não possui nada em comum com seus vizinhos)

Enquanto as raízes da cultura brasileira são amplamente europeias, especialmente ibéricas, como comprovado por suas cidades coloniais e até mesmo prédios históricos esporádicos entre os outros prédios, tem havido nas décadas recentes uma forte tendência a adotar mais um “modo de vida americano”, que se encontra na cultura urbana e arquitetura, mídia de massa, consumismo e um sentimento forte positivo em favor ao progresso tecnológico. Apesar disso, o Brasil é uma nação virada para o Atlântico, e não para a América hispânica.

Os brasileiros não são hispânicos. Alguns podem se ofender se um visitante disser abertamente isso, ou que tendem a acreditar que os brasileiros têm o espanhol como idioma ou como segundo idioma. A quase totalidade dos brasileiros não fala espanhol e, com exceção do extremo sul, em cidades como Rio de Janeiro e Salvador, não entendem absolutamente nada da língua. Os visitantes serão muito bem recebidos se vierem falando em português, mas mesmo se o turista falar espanhol com os brasileiros, muito provavelmente eles responderão em português.

Os contrastes nesse enorme país igualmente fascinam e chocam os turistas, especialmente europeus, assim bem como a indiferença da maioria dos nativos em relação aos problemas sociais, econômicos e ecológicos. Enquanto uma nova elite de jovens e bem-educados profissionais aproveitam o que a sociedade moderna tem a oferecer, o trabalho infantil, analfabetismo e condições de moradia sub-humanas ainda existem, mesmo em regiões abençoadas com crescimento econômico e enormes investimentos estrangeiros, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Assim bem como os brasileiros reconhecem sua autossuficiência em matérias-primas, agricultura e recursos energéticos como um enorme benefício para o futuro, a maior parte deles concorda que sem grandes esforços na educação, não há saída para a erradicação da pobreza e do subdesenvolvimento.

Desde o início do século 21, o Brasil se deparou com uma onda crescente de imigração da China, Bolívia, Colômbia, Peru, Nigéria, Haiti e Angola. O Brasil tem também um número crescente de imigrantes do Oriente Médio, especialmente da Síria.