O Brasil é o maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo. Famoso por sua tradição no futebol e seu Carnaval anual no Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Olinda. É um país de diversidade enorme, desde o movimentado mosaico urbano de São Paulo à infinita energia cultural de Alagoas, Pernambuco e Bahia, a vida selvagem na Floresta Amazônica e atrações turísticas internacionais impressionantes como as Cataratas do Iguaçu, há muito a se ver e fazer no Brasil.

(São Paulo: a maior cidade da América do Sul, com 14 milhões de habitantes e a segunda maior região urbana do planeta, com 36,8 milhões de habitantes, perdendo por pouco o primeiro posto para Tóquio, com 36,9 milhões)

O Brasil era habitado somente por povos indígenas, principalmente os grupos étnicos tupi e guarani. O primeiro europeu a pisar em solo brasileiro foi o espanhol Vicente Pinzón, em 26 de janeiro de 1500. Pinzón já havia sido capital da caravela La Niña, da primeira expedição de Cristóvão Colombo à América. Pinzón chegou ao Cabo Orange, no extremo norte do Brasil, local onde está o estado do Amapá. Há possibilidades não comprovadas com inteira certeza de que Pinzón tenha chegado na verdade na Ponta do Mucuripe, a 10 km da atual cidade de Fortaleza. Em fevereiro, ele explorou a foz do Rio Amazonas, a que chamou de Mar Dulce. Os espanhóis em 1501 tomaram posse da região do Amazonas e nomearam Pinzón cavaleiro.

(Vicente Pinzón, nascido em Palos, Espanha, em 1462 e falecido em Sevilha em 1514, o real descobridor do Brasil)

Pedro Álvares Cabral chegaria alguns meses depois, mas se deu conta de que onde havia desembarcado era um enorme continente, enviando as notícias da descoberta e prontamente reclamando a posse da terra para a coroa portuguesa em nome do rei Dom Manuel I, de acordo com o Tratado de Tordesilhas. Suas realizações caíram no esquecimento por mais de 300 anos, sendo revividas pelo Imperador Dom Pedro II do Brasil.

(Pedro Álvares Cabral com 32 ou 33 anos de idade)

A colonização em massa pelos portugueses do Brasil ocorreu mesmo no final do século 16, com a extração da valiosa madeira pau-brasil. Ao contrário do que muitos estrangeiros pensam, o Brasil foi colonizado pelos portugueses, e não pelos espanhóis, como ocorreu no restante das Américas do Sul (com exceção da Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Brasil, todos os países da América do Sul falam espanhol), Central e do Norte. Apesar do domínio português, os holandeses formaram colônias entre 1630 e 1654. Eles fundaram várias cidades, tais como Mauritsville (hoje Recife, capital do estado de Pernambuco, na região nordeste do país), e muitas plantações de cana-de-açúcar.

(Cidade de Olinda, na região metropolitana do Recife, com suas casas antigas lembrando a colonização holandesa)

Os holandeses lutaram uma batalha selvagem com os portugueses e sem o apoio do seu país por causa de uma guerra com a Inglaterra, os holandeses renderam-se aos portugueses, apesar de não reconhecerem a posse das terras pelos portugueses, o que acabou desencadeando uma guerra com Portugal na própria costa portuguesa em 1656. Em 1661 foi assinado o Tratado de Paz da Haia, Portugal perdendo suas colônias na Ásia e tendo que pagar 63 toneladas de ouro para a Holanda pela perda de sua colônia.

(Mapa da época da Nieuw-Holland ou Nederlands-Brazilië – Nova Holanda ou Brasil Holandês, que se estendia por boa parte do nordeste brasileiro, desde o Maranhão até Sergipe. A capital era Mauritsstad – hoje Recife – e durou de 1630 a 1654)

O Brasil se tornou o centro do Império Português em 1808, quando o rei Dom João VI fugiu da invasão de Portugal por Napoleão e se estabeleceu (e também o governo) na cidade do Rio de Janeiro. Reinou de 1816 a 1822 o então Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, quando o Brasil se tornou independente.

(O rei Dom João VI, rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves até a independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro IV – em Portugal – e no Brasil, Dom Pedro I)

Os séculos seguintes testemunharam mais exploração dos recursos naturais tais como ouro e borracha, ao mesmo tempo ocorria uma expansão da economia, baseada amplamente no açúcar, café e trabalho escravo africano. Enquanto isso, a cristianização e extermínio dos nativos continuava e nos séculos 19 e 20 uma segunda leva de imigração ocorreu, principalmente de italianos e alemães (no sul do Brasil), espanhóis, japoneses (nos estados de São Paulo e Paraná), americanos (no estado de São Paulo), e portugueses, fazendo da cultura e sociedade brasileiras complexas e únicas.

(A cidade preservada de Antônio Prado, no estado do Rio Grande do Sul, conhecida por ser a cidade mais italiana do Brasil, possui arquitetura e construções originais feitas pelos imigrantes italianos a quem o Império Brasileiro concedia terras)

Após três séculos de domínio português, o Brasil se tornou independente em 7 de setembro de 1822. Até 1889 o Brasil era um Império sob o comando de Dom Pedro I e seu filho Dom Pedro II. Nessa época, o país se tornou um poderoso emergente internacional.

(o Imperador Dom Pedro II, segundo e último do Brasil. Incentivou a imigração e povoamento do país e trouxe tecnologias para o país que não existiam na maior parte do mundo, como a fotografia e o telefone. Foi retirado do poder por um golpe de estado militar em 1889)

Mas durante esses três séculos e meio, o Brasil era o país das Américas com o maior número de escravos, e o primeiro a trazer pessoas da África para trabalharem à força, e o último país a abolir a escravidão. Devido a leis inglesas contra a escravidão (alguns dizem que foi mais por razões econômicas do que humanitárias) e lutas entre brancos e negros, escravos e libertos, a escravidão acabou em 1888. Mas a liberdade não queria dizer igualdade para as agora pessoas livres e seus descendentes.

(Escravos em uma fazenda de café no Vale do Paraíba – estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, em 1882 – o Brasil foi o último país a abolir a escravidão)

De longe o maior e mais populoso país da América Latina, o Brasil passou também por mais de duas décadas (1964-1985) de uma ditadura militar que prendia, exilava, torturava e assassinava opositores em potencial, a maioria deles civis inocentes. Esses tempos sombrios são conhecidos como “Os Anos de Chumbo”. Só recentemente, com o estabelecimento da Comissão Nacional da Verdade (2011), a nação começou a ver os abusos aos direitos humanos do regime apoiado pelos Estados Unidos no golpe que tirou o democraticamente eleito presidente João Goulart em 1964.

(Polícia reprimindo manifestante civil durante os anos de ditadura militar no Brasil, de 1964 a 1985)

O Brasil voltou a ser comandado democraticamente, com o desafio de manter seu crescimento industrial e agrícola e desenvolver seu interior. Com a exploração de recursos naturais vastos e uma grande força trabalhadora, o Brasil é o país mais poderoso da América Latina e líder regional. O país tem altas taxas de criminalidade, desigualdade salarial, e corrupção sistêmica há séculos. Apesar disso tudo, os brasileiros são um povo que tenta estar sempre feliz e fazendo festa.

(Cinco dos sete últimos presidentes do Brasil desde a queda da ditadura militar. Da esquerda para a direita: Fernando Collor de Melo (1990-1992, sofreu impeachment, assumindo o vice Itamar Franco, não está na foto, já falecido), José Sarney (1985-1990, vice de Tancredo Neves, que morreu no dia da posse), Luís Inácio Lula da Silva (2003-2011, por dois mandatos, o mais popular de todos os presidentes brasileiros), Dilma Rousseff (2011-2016, sofreu impeachment no segundo mandato, assumindo o vice Michel Temer, não está na foto, atual presidente do Brasil) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2003, por dois mandatos, o mais internacionalmente premiado dos presidentes brasileiros)).